MINUTO DA SOJA: condições climáticas negativas estão afetando o plantio da oleaginosa

Além da pressão macroeconômica mundial, o conflito entre Rússia e Ucrânia permanece no radar, assim como as condições climáticas para a América do Sul e os EUA.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 18/10/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A soja segue firme no mercado interno brasileiro. Acompanhando a valorização dos contratos futuros, foi relatado aumentos no valor da saca nas principais praças de negociação. Em Joaçaba/SC a valorização foi de +1,1%, valendo nesse início de semana R$175,73. Em Campo Grande/MS a alta foi de +2,4%, com a saca valendo R$173,00. Na bolsa brasileira a alta foi mais sútil, com o vencimento novembro valorizando +0,11% na sessão. Além do humor externo, os preços internos tiveram suporte nas chuvas que vem afligindo a região, atrapalhando o plantio e afetando negativamente as áreas já semeadas.

O excesso de umidade encontrasse principalmente nos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul, onde já estão comentando em replantio para algumas áreas. Até a última quinta-feira (13), o plantio de soja no país somava 24%. Apesar da situação atual, as previsões climáticas indicam melhoras para o final desse mês, com alívio das chuvas no Sul e indicativos de pancadas para a região Central, compensando as áreas de seca.

Em Chicago, os futuros da soja encerram a sessão de segunda-feira (17) com uma pequena valorização, o contrato novembro subiu +0,11%, cotado a US$ 13,85 por bushel. Uma das questões continua sendo a China. Após a volta do seu feriado, ficou ainda mais claro o aumento do consumo de suínos no país, reforçando a necessidade de ração animal. Entretanto, o gigante asiático está passando por uma situação bem delicada de baixo nível dos seus estoques de soja. Para piorar, com os problemas logísticos nos EUA causados pelo baixo nível do Rio Mississippi, os navios já adquiridos pelos chineses só irão chegar com até 20 dias de atraso! No momento, os preços do farelo de soja disparam na região frente a oferta apertada.

Ainda na China, Xi Jinping fez um discurso justificando a política de covid zero, sem nenhum indicativo de “afrouxar” esse ritmo. Além disso, não houve maiores comentários sobre a economia do país ou ainda taxas de juros, o que acabou não agradando muita gente.

O mercado continua de olho nos fundamentos e, até uma decisão de qual rumo seguir, tudo indica para que os preços permaneçam lateralizados. Além da pressão macroeconômica mundial, o conflito entre Rússia e Ucrânia permanece no radar, assim como as condições climáticas para a América do Sul e os EUA.

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