MINUTO DA SOJA: clima seco na Argentina segue sendo importante suporte para os preços

Os modelos mostram chuvas em 60% das áreas cultivadas e com volumes de em média 12 mm em importantes localidades de soja, bem abaixo do ideal.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 22/12/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Os futuros da oleaginosa seguem atuando no campo positivo. Nesta última quarta-feira (21), o contrato janeiro na Bolsa de Chicago (ZSF3) encerrou a sessão com +0,18% de valorização, levando as cotações para US$ 14,81 por bushel. Na Bolsa Brasileira o cenário é parecido, e acompanhamos o vencimento dezembro encerrar a sessão com leve alta de +0,17% e o março de +0,32%.

Quando falamos no mercado físico do Brasil, a realidade é um pouco distinta. Os indicadores da Esalq estão atuando em queda nesta semana, onde no Paraná já acumulam uma desvalorização de -2,5% e em Paranaguá de -1,75. Entretanto, algumas regiões como o Mato Grosso tem os preços da saca de soja em alta, onde a média do estado valorizou +1,5%, valendo R$162,60.

O principal suporte para os preços segue sendo o clima seco na Argentina, onde passou a haver previsões de continuidade dessa condição para o final do ano, sem alívios. Os modelos mostram chuvas em 60% das áreas cultivadas e com volumes de em média 12 mm em importantes localidades de soja, bem abaixo do ideal. Abaixo podemos observar o volume de precipitação acumulado nos últimos 15 dias.

Fonte: NOAA

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio da soja no país segue atrasado e alcança apenas 50,6% da área total. As lavouras em condições boas/excelentes somam 19%, e condições ruins 20%. Quanto a comercialização da safra 2021/22, o Ministério da Agricultura informou que já foram 77,2% comercializados.

Nos Estados Unidos, atualização do USDA para as inspeções semanais para exportação de grãos norte-americanos, onde a soja soma um volume de 1,619 milhão de toneladas.

Ademais, devemos continuar atentos para o clima na Argentina que, além de importante produtor de soja, é o maior exportador mundial de derivados da oleaginosa e assim, sua oferta interfere de modo significativo nos preços.

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