MINUTO DA SOJA: atualização da Balança Comercial no Brasil aponta menor volume nas exportações

Nesta segunda-feira (23) tivemos a atualização da Balança Comercial preliminar do mês, onde os dados compilados pela Secex até a 3° semana de janeiro somaram apenas 570,459 mil toneladas de soja exportadas

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 24/01/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A semana inicia negativa para as exportações brasileiras da oleaginosa. Nesta segunda-feira (23) tivemos a atualização da Balança Comercial preliminar do mês, onde os dados compilados pela Secex até a 3° semana de janeiro somaram apenas 570,459 mil toneladas de soja exportadas. Esse número preocupa pois no mesmo mês do ano passado foi exportado um total de 2,452 milhões de toneladas! Não preciso nem reforçar o quanto seria necessário exportarmos nesta última semana para atingir o mesmo patamar de 2022.

Os baixos níveis de exportação são reflexo do aperto nos estoques da oleaginosa e do ritmo lento da colheita no país, o qual segundo a AgRural estava até o dia 23 com apenas 1,8% da área total colhida, consideravelmente abaixo do progresso de 4,7% na mesma época do ano anterior. As chuvas irregulares na região central do Brasil, principalmente no Mato Grosso, estão contribuindo para esse cenário.

No mercado doméstico, os preços da saca são pressionados nas principais praças de negociação. No estado do Paraná a média da saca teve um recuo de -0,7% nesta terça-feira (24), sendo negociada a R$160,50. Em Assis/SP a saca saiu de R$169,00 para R$163,00, uma queda de -3,6%.

Nos Estados Unidos, o USDA atualizou os dados das inspeções semanais para exportação, onde a soja acumulou um volume de 1,805 milhão de toneladas, acima das 1,383 milhão inspecionadas no mesmo período do ano anterior, indicando um programa forte de exportação. Também nesta segunda-feira (23), foi informado a venda de 192 mil toneladas da oleaginosa para destinos não revelados.

E não podemos esquecer da Argentina, país onde o clima vem interferindo de forma  significativa nos preços da commodity. Com a aproximação do fim do La Niña, já observamos chuvas em algumas regiões produtoras, evento que pressionou as cotações da oleaginosa em Chicago, onde o contrato março acumulou uma queda de -3,45% nas últimas 5 sessões.

Apesar disso o mercado permanece cauteloso, pois mesmo com a ocorrência de chuvas o país ainda deve passar por dias de elevadas temperaturas, levantando questionamentos sobre a capacidade de recuperação das lavouras argentinas.

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