A quinta-feira (14) foi bem positiva para os futuros da soja na Bolsa de Chicago, com o contrato janeiro variando +0,50% e o março +0,44% no dia.
Boa parte do suporte continua vindo das condições climáticas adversas no Brasil, onde as altas temperaturas e escassez de chuvas devem permanecer pelo menos até o final desta semana.
Outro suporte veio da queda do dólar, que tende a elevar os preços das commodities agrícolas. Além disso, notícias da Argentina também estão remexendo as cotações.
Com a forte desvalorização do peso argentino ante ao dólar, o mercado está atento para as decisões dos produtores no país, como devem se comportar para as exportações ou do milho ou da soja.
Dando uma segurada, o USDA atualizou as vendas semanais para exportação nos EUA e as coisas não foram tão boas para a soja.
Entre os dias 01 e 07 de dezembro, foram exportadas 1,084 milhão de toneladas de soja para 2023/24, volume que veio 23% abaixo da semana anterior. Os destinos foram a China, Alemanha, Holanda, Tailândia e Turquia.
Ainda na quinta-feira (14) o USDA reportou a venda de 400 mil toneladas de soja embarque 2023/24 para destinos desconhecidos.
No Brasil, o plantio da soja segue atraso por todo o país. Segundo recente informativo da Emater/RS, a semeadura da soja avançou para 84% do total no Rio Grande do Sul, bem atras dos trabalhos finalizados em igual período do ano anterior.
Encerrando, a Abiove atualizou suas estimativas para a safra brasileira. Segundo a Associação, a safra de soja 2023/24 foi estimada em 161,9 milhões de toneladas, um corte de 2,8 milhões de toneladas ante as estimativas de novembro. As exportações foram estimadas em 100,2 milhões para 2024, um acréscimo de 200 mil toneladas.