Os futuros da oleaginosa operaram com estabilidade na sessão de quarta-feira (29), com o contrato janeiro variando apenas +0,04% na Bolsa de Chicago.
A incerteza sobre as precipitações na América do Sul, especialmente no Brasil, está ditando a direção dos preços, uma vez que o El Niño pode resultar em uma queda significativa na produção brasileira da soja.
Com escassez de chuvas ao Oeste e Centro-Oeste do Brasil, e excesso mais ao Sul, o plantio da soja está passando por atrasos significativos que podem afetar até mesmo a janela de plantio para o milho 2° safra.
No Mato Grosso do Sul, a Famasul atualizou que a semeadura avançou para 89,9% do total nesta semana, contando com um atraso de 6,7 pontos percentuais ante ao plantio finalizado em igual período da safra anterior.
A soja brasileira também está contando com uma menor procura no mercado externo, e a Anec cortou suas estimativas para as exportações agora em novembro. O volume que antes era estimado em 5 milhões de toneladas teve um novo corte e caiu para 4,8 milhões.
O farelo de soja também teve redução, com os embarques devendo ficar em torno de 2,15 milhões de toneladas.
Voltando a falar do mercado externo, o USDA atualizou as vendas semanais para exportação da soja nos EUA. Entre os dias 17 e 23 de novembro, as vendas somaram 1,895 milhão de toneladas para embarque 2023/24, sendo 10% acima da média nas últimas 4 semanas. Os destinos foram a China, Espanha, Itália, México e destinos desconhecidos.