A cotação da soja encerrou a segunda-feira (18) com valorização entre 2,13% a 2,86% nas entregas de ago/22 a mar/23 na Bolsa de Chicago, diante da preocupação dos investidores e produtores com o clima quente e seco das lavouras norte-americanas.
Segundo análise do mercado externo, as perspectivas de clima mais seco e quente empurraram os futuros acentuadamente para cima. Fortes ganhos, particularmente no óleo de soja, juntamente com o farelo de soja foram adicionados ao rali.
De acordo com o novo relatório de progresso de safra do USDA, as qualificações de soja norte-americana recuaram 1% entre boas a excelentes na última semana, mediante as altas temperaturas e falta de chuvas, exatamente num período em que a soja está em fase de enchimento de grãos. Sendo assim, as áreas avaliadas como boas, ficaram em 61% contra 62% da semana passada.
Nas fases de desenvolvimento, 14% das lavouras se encontram em definição de cachos, contra 21% de igual época do ano anterior. Já 48% das áreas seguem em enchimento de grãos, com atraso de 13% ante os 61% da mesma época do ano anterior.
Falando sobre as exportações, de acordo com os dados mais recentes do USDA, as inspeções de exportações de soja na semana encerrada em 14 de julho ficaram em 362,62 mil tons contra 358,52 mil toneladas da semana anterior, com crescimento moderado. Os dados foram fracos para o mercado, já que o comércio esperava ver números um pouco maiores, tendo em vista que a China quase “dobrou” sua demanda em relação à semana passada. Mesmo assim, esse não foi exatamente um número de exportação empolgante.
No Brasil, a área plantada de soja em 2022-23 deve ser ampliada em 2,6% para um recorde, e a produção pode chegar a 151,5 milhões de toneladas, também um recorde, de acordo com Safras & Mercado. Espera-se que o crescimento da área de soja diminua no longo prazo se os produtores plantarem mais milho em meio a potenciais exportações para a China.
Os países da União Europeia devem colher uma safra recorde de soja em 2022 devido ao aumento da área plantada, com a Itália mantendo seu papel de liderança na UE, de acordo com a associação UFOP. A produção de soja na safra 2022/23 ultrapassará 3 milhões de toneladas, um aumento de 15% em relação ao ano passado.