
Cotação do Café
O enfraquecimento do dólar impactou diretamente na cotação brasileira de café nos últimos dias. As cotações do grão recuaram a medida que a moeda americana se desvalorizou. Por outro lado, no mercado externo os preços se fortaleceram. Com relação a produção, segundo um levantamento do Itaú BBA, a produção de café deve ficar 14 e 21% abaixo no Brasil, devido aos efeitos da seca. Saiba mais:
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Café Brasil
Segundo o Itaú BBA, a produção de café deve ficar entre 14 e 21% abaixo no Brasil devido aos efeitos da seca, pois mesmo com as recentes chuvas, o volume foi pequeno e o estrago já estava feito devido ao longo período de estiagem em Minas Gerais.
A volatilidade dos últimos dias trouxe cautela ao mercado, que tenta entender o que está acontecendo. Apesar dos ganhos no preço do café arábica em NY, a queda do dólar neutralizou essa valorização para exportação.
Os embarques de outubro foram de 2.776.632 sacas de café arábica, 461.423 sacas de café conillon e 274.829 sacas de café solúvel, totalizando 3.512.884 sacas, contra 3.505.311 sacas em setembro. Os pedidos de emissão de certificados de origem, no entanto, foram superiores aos do mês anterior.
Já o mês de novembro começou bem aquecido para exportação, com valores quase 50% superiores aos vistos na primeira semana de outubro.
Com o resultado da eleição americana e a vitória de Biden, a cotação do dólar teve grande recuo. A moeda americana caiu 5,93% na última semana, cotado a R$5,39. Isso acabou fazendo com que os preços do café acabassem não subindo para o produtor. O dólar deverá ser altamente volátil nessa semana, assim como foi semana passada e deve comandar as variações para o preço que o produtor irá receber.
Também as perdas com a seca deverão começar a se tornar mais conhecidos e, assim, precificados mais corretamente.
Café Mercado Externo
A produção de café arábica da Colômbia ficou 1,159 milhão de sacas de 60 quilos, queda de 15% em outubro, em comparação com 1,369 milhão de sacas no mesmo mês de 2019, segundo a Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC) em comunicado de imprensa. No ano (janeiro a outubro de 2020), a produção de café colombiano ficou em 10,704 milhões de sacas, 7% abaixo do mesmo período de 2019, que somou 11,566 milhões de sacas.
Na bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (ICE), houve aumento na cotação durante a semana, devido à melhora na economia mundial e à perspectiva de uma mudança de comando nos EUA, o que poderia aumentar o fluxo global de mercadorias com um presidente menos protecionista.
Já o Vietnã, maior produtor de café robusta, continua sofrendo com as chuvas, que não permitem a colheita e, se continuarem por mais tempo, podem afetar a qualidade e a quantidade dos grãos. Segundo as previsões, as chuvas deverão durar, pelo menos, mais uma semana.
Nesse cenário, a cotação futura do café robusta segue trajetória de alta na bolsa de Londres, devido à baixa oferta desse tipo de grão conforme explicado no parágrafo anterior e dos motivos políticos citados para o café arábica.
Outro fator importante para o aumento dos preços futuros é a previsão da agência americana NOAA, que indicou que o fenômeno La Niña atual pode ser bastante forte, como o ocorrido em 2007.
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