Com 100% das lavouras plantadas, produtores de trigo seguem realizando tratos culturais no Paraná

Neste ano o Paraná plantou 1,166 milhão de hectares de trigo, contra 1,225 milhão de hectares em 2021, queda de 5%

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 20/07/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que o Paraná segue no cultivo da safra 2022 de trigo. Em sua mais recente versão, divulgada no dia 19 de julho, o Deral informou que 100% da área de área estimada em 1,166 milhão de hectares de trigo estão plantadas, contra 1,225 milhão de hectares em 2021, queda de 5%.

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Segundo o Departamento, 95% das lavouras de trigo apresentam boas à excelentes condições e 5% situação regular. Nas fases de desenvolvimento, 2% das áreas ainda estão em germinação, 71% em desenvolvimento vegetativo, 23% em floração e 4% em estágio de frutificação.


Já no Rio Grande do Sul, os trabalhos de plantio atingiram 88% da área a ser semeada, apresentando atraso em relação aos anos anteriores, devido ao alto volume de chuvas ocorridas nas semanas anteriores. 15% das lavouras encontram-se em emergência e 85% em desenvolvimento vegetativo. A estimativa de cultivo de trigo no estado para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha.


Com relação aos negócios, o mercado segue cauteloso a compra e venda de trigo, tanto da safra antiga, como da safra nova, tendo em vista que diante da forte queda nos preços externos do trigo, os compradores se retiraram do mercado e ao mesmo tempo, devido a oferta restrita do grão no mercado físico brasileiro, os preços não diminuíram, o que gera desinteresse nas aquisições.


Os produtores por sua vez, também seguem distantes do mercado, focados nos tratos culturais da safra em andamento e avaliando o melhor cenário para poder estar mais ativos na venda do trigo da próxima safra, cuja colheita deve iniciar a partir de setembro em algumas regiões do Paraná.


Enquanto isso, os analistas de mercado avaliam que o cenário deve se manter estável, visto que apesar dos preços do trigo terem recuado bastante no exterior, a tabela de importação já foi equiparada e a disponibilidade de trigo segue limitada no mercado interno.


Por outro lado, caso essa tendência prossiga, é possível ver um horizonte de queda na aproximação da colheita nos próximos meses, diante do aquecimento da oferta doméstica, assim como, do aumento do saldo exportável global de trigo, já que muito se especula sobre a grande chance de liberação das exportações de trigo da Ucrânia para as próximas semanas. Ainda assim, vale ressaltar que neste momento, o mercado não conta com esta certeza e com o dólar elevado, o trigo doméstico deve seguir se mantendo firme.

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